Das quatro contratações já anunciadas pelo Sport, duas são de jogadores estrangeiros: o volante argentino Nicolás Watson e o atacante colombiano Ray Vanegas. Além disso, o lateral-esquerdo uruguaio Lucas Hernández e o volante paraguaio Blas Cáceres também devem ser oficializados nos próximos dias. Todo esse ímpeto rubro-negro no mercado sul-americano não foi por acaso e fez parte do planejamento traçado pela diretoria para 2022.
De acordo com o vice-presidente de futebol Augusto Carreiras, o conhecimento por parte da atual comissão técnica do clube somado às oportunidades do mercado sul-americano, com valores bem mais atrativos que os encontrados no Brasil, foram os principais responsáveis pela estratégia de investir em contratações oriundas dos países vizinhos.
- No Brasil, os clubes do Sul sempre exploraram mais esse mercado. Já os grandes de São Paulo nem precisam conhecer tão a fundo porque possuem condições financeiras de sempre contratarem os melhores. A nossa dificuldade era não conhecer esse mercado, mas agora temos uma comissão técnica completa que atende isso (além do treinador Gustavo Florentín, o Sport também possui o auxiliar técnico paraguaio Héctor Nuñez) - explicou Carreras.
- Além disso, é um mercado financeiramente bem mais atrativo que o nacional. Lógico que se aumenta o risco, pela questão de adaptação, mas por esse preço, o mercado sul-americano não tem comparação. O do Brasil está muito inflacionado e sem jogadores. Nesse momento, ainda temos a concorrência do Campeonato Paulista. O Paulinho Moccelin, por exemplo, preferiu disputar o Paulistão pelo São Bernardo - completou o vice de futebol do Sport.
No entanto, apesar dos elogios ao mercado sul-americano, Augusto Carreras destacou que o Sport não irá exceder o limite de cinco contratações de estrangeiros, número limite de atletas que podem ser inscritos em uma partida no Brasil, de acordo com o Regulamento Geral das Competições da CBF.
- O Sport não se pode dar ao luxo de ter no elenco um jogador que não pode nem ir para o banco - explicou.
Por Redação ge — Recife