As cenas do técnico Gustavo Florentín comandando o time do Sport e depois comemorando os gols no meio da torcida com certeza ficarão marcadas como imagens emblemáticas da importante vitória do time pernambucano sobre o Atlético-GO pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro. No entanto, para o futuro do Leão na competição, a expulsão do treinador, aos seis minutos do segundo tempo, pode ser preocupante.
Na súmula da partida, o árbitro Luiz Flávio de Oliveira (SP-Fifa) relatou que o motivo da expulsão de Florentín teria sido ofensas proferidas pelo treinador contra o árbitro assistente Alex Ang Ribeiro (SP). Em seguida, após ter recebido o cartão vermelho de forma direta, o técnico do Sport teria passado a ofender o próprio árbitro, sendo contido por outros integrante da comissão técnica após invadir o gramado.
Expulsei aos 6 minutos do segundo tempo de jogo, com a aplicação do cartão vermelho direto, o técnico da equipe do Sport Club do Recife, o sr Gustavo Atilano F. Morinigo, por reclamar de forma ostensiva das decisões da equipe de arbitragem, dizendo as seguintes palavras em direção ao árbitro assistente 1, sr. Alex Ang Ribeiro, "la puta madre, la puta madre", sendo que, após ser apresentado o cartão vermelho, invadiu o campo de jogo, dizendo as seguintes palavras a mim "filho de puta, filho de puta", tendo que ser contido por membros de sua comissão técnica para deixar o campo de jogo.
Dessa forma, Florentín pode ser denunciado com base no artigo 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que fala em "assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva", com pena de suspensão de um a seis jogos. O treinador cumprirá a automática na partida do próximo sábado, contra o Fluminense, no Maracanã.
O que diz o Código Brasileiro de Justiça Desportiva
Art. 258. Assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não tipificada pelas demais regras deste Código. (Redação dada pela Resolução CNE nº 29 de 2009).
PENA: suspensão de uma a seis partidas, provas ou equivalentes, se praticada por atleta, mesmo se suplente, treinador, médico ou membro da comissão técnica, e suspensão pelo prazo de quinze a cento e oitenta dias, se praticada por qualquer outra pessoa natural submetida a este Código. (NR).
§ 1º É facultado ao órgão judicante substituir a pena de suspensão pela de advertência se a infração for de pequena gravidade. (AC).
§ 2º Constituem exemplos de atitudes contrárias à disciplina ou à ética desportiva, para os fins deste artigo, sem prejuízo de outros:
I - desistir de disputar partida, depois de iniciada, por abandono, simulação de contusão, ou tentar impedir, por qualquer meio, o seu prosseguimento; (AC).
II - desrespeitar os membros da equipe de arbitragem, ou reclamar desrespeitosamente contra suas decisões. (AC).
Em entrevista coletiva, Gustavo Florentín negou ter xingado o árbitro assistente e disse que a sua expulsão foi injusta. No entanto, reconheceu que após receber o cartão amarelo, reclamou de forma dura contra o árbitro Luiz Flávio de Oliveira.
- O árbitro me expulsou injustamente. Disse apenas que o lateral era nosso. Depois sim, disse algumas coisas, mas em momento algum faltei com respeito ao árbitro antes a expulsão - garantiu Florentin.
O treinador também explicou o motivo de ter assistido o restante da partida no meio da torcida.
- Foi para ter uma comunicação mais direta com o meu assistente e com os jogadores. Era importante e significa para os jogadores poderem ver seus treinador perto do campo - afirmou.
Além de Florentín, o Sport não terá contra o Fluminense o meia Gustavo e o atacante Mikael, destaques na vitória sobre o Atlético-GO, ambos suspensos pelo terceiro cartão amarelo.
Por João de Andrade Neto — Recife