A seleção brasileira feminina teve ótima atuação contra a Holanda, atual campeã europeia e vice mundial, mas ficou no empate por 3 a 3 neste sábado, em Miyagi, pela segunda rodada do Grupo F dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Debinha, Marta e Ludmila fizeram os gols do Brasil. Miedema marcou dois para a Holanda, um deles em falha da goleira Bárbara, e Janssen determinou o empate em cobrança de falta. O resultado mantém a invencibilidade das brasileiras contra as rivais, com três vitórias e três igualdades em seis confrontos.
FALA, MARTA
Na saída de campo, Marta analisou a partida em entrevista à TV Globo
- A gente sabia que seria difícil. Se a gente pensar em tudo que fez, acredito que fizemos um bom trabalho. Muita coisa precisa melhorar, principalmente o começo. Contra uma equipe qualificada, temos que estar sempre ligadas. No contexto geral, desempenhamos um bom papel contra uma das melhores equipes da atualidade. Temos um sentimento que podemos fazer mais. Foi equilibrado, podíamos ter saído com a vitória.
A UM EMPATE DA VAGA
Nenhuma seleção do Grupo F garantiu antecipadamente a vaga nas quartas de final das Olimpíadas, mas tanto Brasil quanto Holanda, com quatro pontos, estão a um empate da classificação - as europeias ocupam a liderança da chave pelo saldo de gols. Zâmbia e China têm um ponto, depois de ficarem no 4 a 4 mais cedo neste sábado, e chances matemáticas de avançarem.
Na próxima terça-feira, a seleção brasileira vai enfrentar a africana, às 8h30 (de Brasília), em Saitama, pela terceira rodada, com transmissão ao vivo da TV Globo, SporTV e ge. No mesmo horário, em Yokohama, a Holanda jogará contra a China. Confira a tabela completa do futebol feminino nos Jogos de Tóquio.
DOMÍNIO NO PRIMEIRO TEMPO
No primeiro ataque da Holanda, a defesa brasileira cochilou, Vivianne Miedema recebeu sem marcação, girou à frente de Érika e abriu o placar. Mas o Brasil não sentiu o gol, e impôs seu jogo. Chegou a ter um pênalti marcado, mas depois anulado pelo VAR, por impedimento. O empate saiu aos 13: Debinha tocou para Duda, recebeu o cruzamento, teve o primeiro chute travado e marcou na segunda tentativa. Bem distribuída em campo, a seleção dominou toda a primeira etapa, e quase virou em bonita cabeçada de Rafaelle nos minutos finais.
Artilheira da seleção feminina com a técnica Pia Sundhage, Debinha comentou o empate em entrevista à TV Globo após o jogo:
- Fico feliz que ela (Pia) me dê a chance de representar meu país. Vou dar sempre 100%. Acho que poderíamos ter saído com a vitória, tivemos chances, o pênalti anulado, mas agora é para cima. Descansar e dar nosso melhor, impor nosso trabalho e tentar sair com a vitória novamente.
FALHA, VIRADA E EMPATE
A Holanda seguiu com dificuldades na etapa complementar, mas chegou ao segundo gol em uma falha da goleira Bárbara, que não conseguiu espalmar a cabeçada fraca de Miedema, aos 13. Novamente, o Brasil não deixou cair o ritmo. Ludmila, que entrou no intervalo, foi derrubada na área por Van der Gragt, e Marta empatou em cobrança pênalti, aos 18. Apenas quatro minutos depois, a virada: Nouwen recuou errado, Ludmila driblou a goleira Van Veenendaal e chutou para o gol vazio. Mas a Holanda igualou aos 33, em cobrança de falta de Dominique Janssen no canto direito de Bárbara, que não alcançou a bola. No fim da partida, as duas equipes fizeram correntes no gramado, mostrando a união na busca do objetivo maior, que é subir ao pódio.
RESTA UM PARA NOVO RECORDE
Com o gol que fez, Marta chegou a 13 em cinco edições de Olimpíadas, e agora está a apenas um de igualar Cristiane como a maior artilheira do futebol feminino nos Jogos Olímpicos.
- Nosso objetivo é sempre pensar no coletivo. Óbvio que fazer gols faz parte do trabalho, mas sempre pensando no coletivo. Os recordes sempre aconteceram naturalmente na minha vida, nunca foi forçado - disse Marta em entrevista à TV Globo na saída de campo.
Do globoesporte.com