Pra fazer história! Toritama elege mais duas mulheres para a Câmara.

Independentes ou submissas, o que esperar das novas mulheres da Câmara Municipal, que prometem dar dor de cabeça em quem está acostumado com a política da conveniência

E a corrida pelas 13 cadeiras do Poder Legislativo Municipal Toritamense ganhou um novo desfecho no domingo (15), com a vitória nas urnas, de mais duas mulheres para compor a Casa João Manoel da Silva. 


Diante de um quadro de disputa com vários parlamentares de mandato e outros tantos que já foram um dia querendo voltar, a Câmara renovou o mandato de nove, trouxe de volta um, e elegeu mais três novatos, dois deles pela primeira vez na disputa.

E desta vez a cobrança por mais mulheres na política, fez o povo de Toritama ouvir direitinho o recado. O que muitos consideram surpresa, eu acredito em consciência política por parte da sociedade. Poucos foram os nomes que apresentaram propostas ao longo da campanha, mas no entanto, a candidata Marly Enfermeira (PP) investiu no foco da popularidade do seu trabalho humanizado para conquistar o eleitor mais consciente. Do outro lado, a jovem menina da periferia, formada em Relações Internacionais e ativista política, Carol Gonçalves (MDB), focou numa campanha cercada de novas ideias e presença jovem na política, na expectativa de melhores políticas públicas.

Assim, a Câmara de Toritama alcança uma marca histórica de três mulheres em um só mandato. Além das duas supracitadas, a vereadora Rossana Ferreira (PSD), foi reeleita pela oposição. Além destas, várias outras postularam ao cargo e alcançaram boas votações.

Resta agora esperar o comportamento das novas eleitas a partir do ano que vem, dando um toque de renovação na Casa. Pelo menos é o que se espera por parte delas duas, em resposta aos votos de confiança depositados, já que o comportamento da reeleita ao longo da sua trajetória política, é um tanto contraditório, haja visto suas várias mudanças de lado, seu modelo ultrapassado de fazer política, que inclusive é o de boa parte da Câmara, e sem citar o episódio da eleição para a presidência, que ela votou contra si própria tendo a chance de ser eleita, e na hora de fazer as cobranças na tribuna, é sempre muito mais pelo que lhe convém.

Mas então que as novas peças desse tabuleiro sejam mais rainhas e menos peão, porque será extremamente decepcionante para o povo, acompanhar aquelas que são consideradas renovação, se deixarem levar por algumas figurinhas, inclusive alguns secretários que as vezes se acham mais que reis, e adoram mandar e intimidar, principalmente neste governo reeleito. Lembrem-se meninas, no tabuleiro de xadrez, as rainhas são mais importantes do que os reis.

Por Jessé Aciole