Reforma trabalhista facilitou contratação e demissão para 40% dos empresários, mostra pesquisa.
De cada dez pequenos e médios empresários, quatro relataram que houve melhora no processo de contratação e demissão de trabalhadores após a reforma trabalhista começar a vigorar. O levantamento foi divulgado nesta segunda-feira (15) pelo Centro de Estudos de Negócios do Insper e pelo banco Santander.
Segundo o estudo, 38,94% dos entrevistados afirmaram que a reforma trouxe um impacto positivo ou muito positivo nas contratações e demissões. Já 49,39% dos empresários disseram que não houve qualquer tipo de influência com a reforma, enquanto 11,67% relataram que o impacto foi negativo ou muito negativo.
"Eu vejo esse dado como uma boa notícia, de que 40% dos empresários consideram a mudança trazida pela reforma trabalhista como positiva", diz o professor do Insper Gino Olivares, responsável pelo estudo. "O objetivo da reforma é de mais longo prazo. Seria ilusório pensar que a simples mudança traria uma alteração de forma rápida na contratação e demissão."
Na análise detalhada por setores, a influência mais positiva foi observada no comércio (41%). Em seguida, estão indústria (40%) e serviços (36%).
Em vigor desde novembro do ano passado, a reforma alterou uma série de pontos da legislação trabalhista. Ela determinou, por exemplo, a possibilidade de demissão por comum acordo e a contratação de trabalho intermitente ou esporádico.
Confiança em queda
A pesquisa também apurou uma ligeira piora na confiança dos empresários neste quarto trimestre. O Índice de Confiança dos Pequenos e Médios Negócios (IC-PMN) recuou 1% em relação aos três meses anteriores, para 67,8 pontos.
"O índice vinha crescendo, mas recuou na última leitura (do terceiro trimestre). Agora parece haver uma estabilização", afirma Alexandre Teixeira, superintendente executivo do segmento de Negócios e Empresas do banco Santander.
No recorte por setores, houve aumento de 2,7% na confiança em serviços neste quarto trimestre, mas recuo de 2,6% na indústria e de 2,3% no comércio.
Por Luiz Guilherme Gerbelli, G1