Em entrevista ao Tribuna do povo da Líder João Paulo fala sobre especulações envolvendo seu nome e o PT.
''Isso não é uma definição política de aliança, nem tampouco uma definição de chapa''
(Sobre o encontro com Paulo Câmara no Carnaval de Bezerros)
Qual são as expectativas para este ano de 2018?
JP: São as melhores possíveis. Apesar das dificuldades e os desafios.
Sobre essas especulações da possível união PT e PSB. E se isso acontecer você será o vice na chapa da reeleição do Governador Paulo Câmara. Verdade ou não?
JP: Olha, são especulações, ainda não há nada definido e tudo no campo das especulações e definições e tudo vai depender dos diretórios nacionais.
Olha não há nada definido. O que realmente existe hoje é um processo de definição do partido (PT) em ter uma candidatura própria ou optar por apoiar qualquer outro grupo político.
E nós (PT) temos que definir se optaremos por uma candidatura própria, pois dispomos de três bons nomes como o de Marília Arraes, o de Odacy Amorim e o de Zé de Oliveira. E que o partido irá analisar com muito cuidado e carinho. Mas não há nada definido. Mas é claro que há uma decisão que dependerá diretamente da direção nacional do partido. Pois nos 27 estados onde o PT está organizado, o resultado final será dado pelo diretório nacional do partido.
Vale salientar que até o presente momento não houve nenhuma reunião ou algo parecido entre as direções nacional dos partidos (PT e PSB) referente ao assunto. Principalmente o PSB que está em fase de definição de sua direção nacional, por isso o partido não pode tomar nenhuma decisão política antes de se definir internamente. Só após de definida oficialmente o seu novo presidente, vice e demais representantes da mesa diretora, é que o partido poderá tomar as decisões para as eleições deste ano. Já o PT tem hoje como primeiro objetivo definir um nome que encabece a chapa, caso o partido decida mesmo seguir com o projeto de candidatura própria.
Você foi visto ao lado do governador Paulo Câmara no carnaval de Bezerros. E esse encontro gerou várias discussões e especulações. O que você tem a dizer sobre o encontro e essas especulações?
JP: Bom, todos sabem que eu sou carnavalesco por natureza e que eu participo há anos dos festejos carnavalesco tanto no Galo da Madrugada, como nos Papangus de Bezerros, onde fui visto ao lado do governador. Mas também encontrei em diversos polos de animação, outros políticos, muitos deles pré-candidatos ao governo do estado, exemplo do encontro com Bruno Araújo, Mendonça Filho, Fernando Bezerra Coelho e o próprio Armando, mas reconheço que nenhum desses encontros chamou mais a atenção de todos como o nosso encontro em Bezerros com o Governador Paulo Câmara. Mas foi de forma casual e não de cunho político propriamente dito. Mas é normal esse tipo de especulação. Fico feliz por ser lembrado.
Isso não é uma definição política de aliança, nem tampouco uma definição de chapa. Como também a ida do Governador Paulo Câmara juntamente com Renata e João Campos não quer nada em relação política. Deve se lembrar que antes de qualquer situação política, Renata e Lula gozam de uma amizade e cordialidade entre eles. Isso desde Arraes e Eduardo Campos. Vale lembrar que foi no governo de Eduardo que Lula mais investiu em Pernambuco. Foi o nosso estado o que mais recebeu incentivos do governo federal. E eles (Lula e Renata Campos) gozam de uma amizade de há muito tempo. Não vi nada de mais, pois o ex-presidente quando esteve aqui esteve na casa de Renata, ela apenas retribuiu a cordialidade e o encontro não pode ser considerado com político ou de definição de apoios.
Como você analisa essa especulação sobre seu nome numa possível chapa majoritária?
JP: Primeiro quero deixar bem claro que não há nenhuma definição política entre PT e PSB. Como também não fui informado por ninguém do PSB que seria eu o escolhido para ser vice ou algo parecido. Digo que estamos num momento de definições, mas nada há de concreto. O que eu sei é que em todas as pesquisas internas do meu partido, eu sempre apareci bem avaliado, para qualquer cargo eletivo. Isso é normal pra quem está há 38 anos de militância política, na vida publica, seja no campo político ou mesmo no tempo em que estive a frente do sindicato dos metalúrgicos, fui presidente da CUT, vereador do Recife, deputado estadual por três vezes, as duas últimas vezes o mais votado. Fui o primeiro operário a govermar a cidade do Recife. Fui reeleito e terminei o mandato com, com mais de 80% de aprovação. Fui o deputado federal mais votado do PT no país. É por essas e outras que o meu nome é sempre lembrado pelas pessoas, por isso apareço bem nas pesquisas.
Mais o que é mais importante lembrar, é que na última conversa que eu tive com Lula e com base nas últimas falas dele ao meu respeito. O ex-presidente deixou bem claro o desejo de me ver deputado federal. Eu não posso nunca e de maneira nenhuma contrariar o meu líder. Eu não posso contrariar aquele que foi o maior presidente da história desse país, da América Latina e quem sabe o maior presidente do mundo.
Conhecendo Lula como você conhece, você acredita que ele possa trabalhar para essa união PT- PSB em Pernambuco?
JP: Amigo, essa pergunta quem pode realmente te responder precisamente é o próprio Lula (brincou). Mas todos nós sabemos que a política é a arte do possível. Eu acredito que nada pode ser descartada, pois estamos num momento de especulações. A única verdade será as definições que os diretórios nacionais tomaram na hora certa, por enquanto tudo é só especulação.
Que análise você faz do fenômeno Marília Arraes e a possibilidade dela ser o nome do PT ao governo do estado?
JP: Olha em relação a pesquisas, eu particularmente não tenho acompanhado diretamente. Porém sou suspeito a fazer qualquer comentário. Pra se ter uma ideia a ultima pesquisa que eu tive acesso foi a do próprio PT em dezembro, o que já não é a mesma realidade hoje, as opiniões mudam como o tempo. Pra o mundo da política ela (a pesquisa) já está defasada. Agora é importante que em meio a isso tudo é que o PT hoje tem amplas condições de ter a sua candidatura própria diante dos nomes que integram os quadros do partido. É nítido que o partido esteja envolvidos no interesse de sua candidatura própria. Quanto aos resultados, acho que é importante deixarmos acontecerem naturalmente e viver os resultados das pesquisas nos momentos certos dando clara as intenções do desejo do povo. O que tem que se respeitar, pois é o desejo do povo representados em números. Digo mais uma vez que nada há definido, mas qualquer decisão que o partido tomar será pensando no povo, o melhor para o povo.
Como você vê o fenômeno Marília Arraes principalmente nas pesquisas?
JP: Eu acredito que o PT cumprirá um importante papel na política desse ano. Disso eu tenho certeza. Conforme eu já disse pesquisa é o momento, e não é fácil de comentar com exatidão. E Marília Arraes tem se destacado em relação aos outros dois nomes do próprio PT, mas isso não quer dizer que ela seja a candidata. Digo que essa definição virá do diretório nacional.
Na sua opinião qual será o papel do PT nas eleições deste ano?
JP: Amigos, o PT terá um papel importante nas eleições deste ano. Até porque quem tem um chamador de votos que é o ex-presidente Lula. Segundo a nossa pesquisa Lula tem mais de 60% das intenções de votos em nosso estado. É notório que o PT terá um peso e um papel importante na definição do quadro político aqui em nosso estado de Pernambuco. Eu diria até no Brasil, pois Lula lidera as pesquisas em quase todos os estados do país.
Dos nomes do PT, qual o mais forte na sua opinião?
JP: São três bons nomes. Acredito que todos estão preparados para representar o partido. Estão bem colocados. E é importante para a convivência interna do partido que é um papel muito importante para a união do grupo. A discussão interna do partido tem sido feito com tranquilidade e seriedade. Mas é importante dizer que dos três nomes, o de Marília Arraes é o mais falado e tem nitidamente uma força maior em relação aos outros dois postulantes da candidatura ao governo do estado.
Marília tem tido um discurso forte contra o Governo do Estado. O que fazer com ela caso o PT opte por apoiar o PSB?
JP: Olha vamos deixar acontecer, só depois a gente ver essa questão. O que o PT está preocupado nesse momento é com a candidatura de Lula, pois é de lá que vai se definir as demais candidaturas a nível de estados. A candidatura de Lula é a maior prioridade do PT no momento.
Bom, o importante é que o PT terá papel importante na eleição desse ano.
João Paulo obrigado pela sua atenção para conosco sempre. E quais as suas considerações finais?
JP: Eu que agradeço pela oportunidade de poder conversar com vocês e com todos dessa importante cidade do nosso estado. Admiro muito a força do povo de Toritama e desse Polo das Confecções.
A você Wendell Galdino e Jessé Aciole que continuem com esse trabalho que tem sido o para a região. Porque a qualidade do programa de vocês é que tem sido reconhecido não só aí na região, mas para o estado, pois tenho visto muita gente daqui de Recife e região metropolitana falar muito bem do trabalho de vocês. Abraços e até uma próxima oportunidade. Valeu!
Entrevista concedida ao Programa Tribuna do Povo, aos comunicadores Wendell Galdino e Jessé Aciole.