Iniciados os testes da Adutora do Siriji que beneficiará cidades do Agreste.
Uma boa notícia para os mais de 100 mil moradores das cidades de Surubim, Bom Jardim, João Alfredo e Orobó, que estão sem abastecimento de água regular por conta da seca no Agreste Setentrional, desde que a Barragem de Pedra Fina, localizada em Bom Jardim, entrou em colapso. A Companhia Pernambucana de Saneamento - Compesa iniciou, ontem (7), a fase de testes da Adutora do Siriji e, nas próximas semanas, essas cidades voltarão a receber água pela rede de distribuição. Tão logo os testes sejam concluídos, o governador Paulo Câmara irá fazer a vistoria final antes do início definitivo da operação.
A nova adutora percorrerá 37 quilômetros com água da Barragem de Siriji, em Vicência, na Zona da Mata Norte, até se integrar ao Sistema Palmeirinha, situado em Bom Jardim, para atender aquelas quatro cidades do Agreste pernambucano, a região mais castigada com a pior seca dos últimos 100 anos. Além disso, ajustes estão sendo projetados para que a água também possa atender outras cidades do Agreste Setentrional, enquanto não for construída a Adutora do Alto Capibaribe.
O projeto da Adutora do Siriji foi concebido em tempo recorde pelos técnicos da Compesa. “Em 90 dias, o projeto já estava nas mãos do governador Paulo Câmara, que demandou a iniciativa e negociou a execução da obra pelo Ministério da Integração Nacional, um investimento de R$ 34 milhões”, relembra o presidente da Compesa, Roberto Tavares. Segundo ele, a partir da conclusão da obra pelo Ministério da Integração, a operação passará para a responsabilidade da companhia. Tavares adiantou que os testes prosseguirão nos próximos dias e que Paulo Câmara já convidou o ministro Hélder Barbalho, da Integração Nacional, para a inauguração que poderá ser realizada em breve.
Segundo os técnicos da Compesa, a operação de uma nova adutora sempre é uma atividade complexa e que depende do comportamento das vazões recebidas nas novas tubulações, podendo levar dias até o empreendimento ser considerado 100% testado e completamente estabilizado. “Quando percebemos que, sem chuvas regulares o Sistema Palmeirinha entraria em colapso, passamos a estudar a possibilidade do uso da Barragem de Siriji, um manancial de bom rendimento, em uma região onde ocorre bons índices pluviométricos”, informa o presidente da Compesa. Roberto Tavares esclarece que a vazão a ser retirada da Barragem de Siriji para atender as quatro cidades do Agreste não acarretará qualquer prejuízo à população das oito cidades já atendidas por esse sistema.
A Barragem de Siriji tem uma vazão regularizada de 500 litros de água por segundo, desse total, 150 l/s são utilizados para abastecer as oito cidades da Mata Norte - Vicência, Buenos Aires, Itaquitinga, Aliança, Condado, Machados, Macaparana e São Vicente Férrer - e a outra metade da vazão será destinada para as cidades atendidas pelo Sistema Palmeirinha. O reservatório de Siriji atingiu, na semana passada, a sua capacidade máxima de 17,3 milhões de metros cúbicos de água e começou a verter, volume que assegurará o abastecimento das oito cidades da Mata Norte e os quatro municípios do Agreste, por cerca de dois anos. Antes do colapso da Barragem de Pedra Fina, Surubim e outras 14 cidades eram abastecidas pelo Sistema Jucazinho, que entrou em colapso em setembro do ano passado e que ainda continua seca.
Da Assessoria da Compesa.