Os grandes filósofos gregos como Aristóteles, Platão e Sócrates, definiram em seus pensamentos, que a vida bem vivida, é aquela que busca o conhecimento, a verdade e pratica a razão.
Quando alguém consegue desempenhar essa prática em sua jornada terrena, deixa para sempre um ensinamento para todas as gerações futuras como um escrito de sabedoria. E não haverá sequer uma linha de dúvida sobre a sua importância enquanto personagem do mundo.
Recentemente li uma frase de um texto de Plínio Pacheco, que “quando nossos corpos frágeis se transformarem em um pequeno punhado de pó, aqui estaremos na memória e na história dos que ficam”.
Célio, como conheci e como o povo o conheceu, teve na sua busca incessante do autoconhecimento, a virtude de ter transformado sua história em dedicação racional para ajudar a construir a história de uma cidade.
Nas últimas horas uma manchete sobre a sua partida, falava sobre seu pioneirismo no ramo de lavanderias industriais. Não tenho dúvidas que ele foi, a história conta, e os registros se manterão vivos. Eu até ouso com total confiança dizer, que Célio é parte intrínseca do desenvolvimento industrial, social e econômico de uma cidade progressista, que teve sobre sua capacidade visionária, a sorte de tê-lo como filho.
Como empresário, não investiu nada longe desta terra. Se acreditava que o jeans era o futuro, construiu fábrica. Se lavar esse jeans representava progresso, apostou nas lavanderias e na sustentabilidade de transformar resíduos em riquezas. Quando viu que a cidade precisava receber melhor, apostou na hotelaria. Tudo feito com esmero e um selo de qualidade incomparável.
Talvez escrever seu nome na história de Toritama e do Agreste de Pernambuco, não fizesse parte dos seus pensamentos. Talvez nem ele gostasse de atribuir as suas ações, a vaidade das grandes pompas, era tímido demais para isso, - digo com conhecimento de causa…
Das muitas paixões que permeiam a vida de um grande homem, estar junto a família foi sem dúvidas a sua maior. Somados a vida no campo, o ar puro e as montarias, era o que brilhava nos seus olhos de homem apaixonado pela vida no campo.
Eu nem tenho tanta propriedade para mergulhar no íntimo desse grande cidadão, mas com muito respeito, peço licença a sua esposa e seus filhos, para como cronista, analisar e supor, que como homem de fé, ele era visionário para além dos negócios. O seu grupo de empresas denominou de Céu Azul. O céu que viu nascer um grande empresário, o céu que serviu de teto para sua construção como homem, o mesmo céu que deu nome a sua fazenda. O teto celestial que presenciou sua partida, que de tão demorada parecia não querer acontecer.
Eu não sei o que o motivou a usar céu nos seus projetos e empreendimentos, mas eu tenho certeza que no dia em que fez sua passagem, em que os anjos o chamaram, o Céu estava Azul.
Texto de Jessé Aciole, do Grupo Nordeste de Comunicação.