Paulo Câmara lança, em Caruaru, o Programa de Crédito Popular..
Com taxas de juros reduzidas, a iniciativa beneficiar cerca de 40 mil pequenos empresários de Pernambuco
CARUARU - Com o objetivo de promover a geração de emprego e renda em Pernambuco, o governador Paulo Câmara lançou, nesta quinta-feira (10.10), o Programa Crédito Popular, que disponibilizará linhas de financiamento de até R$ 3 mil para cerca de 40 mil empreendedores formais e informais de todas as regiões do Estado. O diferencial do programa é uma linha de crédito com juros a partir de 1,49%, mais competitivos que os do mercado e que podem ser pagos em até 12 meses.
Além disso, o financiamento é menos burocrático, uma vez que o crédito poderá ser liberado em até três dias, permitindo que as pessoas tenham acesso aos recursos de forma rápida e simples. A expectativa é de que a iniciativa movimente cerca de R$ 120 milhões, gerando aproximadamente 80 mil empregos diretos e indiretos até 2022.
“Viemos até Caruaru hoje para lançar um programa voltado para o futuro de Pernambuco: o Crédito Popular, que vai oferecer alternativas que podem fazer a diferença na vida das pessoas e que dialogam e ampliam o raio de atuação em favor dos que mais precisam. Estamos em uma crise que insiste em criar um ambiente desfavorável para que as coisas possam acontecer. Por isso, tenho me esforçado para trazer para Pernambuco oportunidades como essa, que dá condições às pessoas que já têm na cabeça ou já em execução seu pequeno negócio, de investirem ou melhorarem e, dessa forma, gerarem mais emprego e renda para Pernambuco”, afirmou Paulo Câmara.
O governador afirmou que 75 pessoas da Agência de Empreendedorismo de Pernambuco (AGE), encarregada de gerenciar o projeto, estarão em todo o Estado, realizando orientações financeiras. “São pessoas preparadas para ajudar, para que o povo tenha a oportunidade de empreender, melhorar seu negócio e sonhar em ter uma condição de vida melhor”, completou.
O programa funcionará da seguinte forma: os agentes de crédito da AGE visitarão os estabelecimentos comerciais e empreendedores individuais para identificar potenciais clientes, mas também é possível fazer o caminho inverso, ligando para a AGE para pedir mais informações sobre o Crédito Popular, através do Disque AGE, no número 0800 0818081, ou consultar o site www.age.pe.gov.br.
De acordo com Marcelo Barros, presidente da AGE, a falta de dinheiro é uma preocupação de quem quer iniciar ou ampliar um negócio. Durante o evento, ele apresentou uma pesquisa indicando que o número de pessoas que trabalham por conta própria passou para 24,3 milhões em agosto deste ano, contra 22 milhões do mesmo período em 2015. “Nessa perspectiva, lançamos o Crédito Popular, favorecendo o pernambucano que quer empreender.
Além disso, o governador está cumprindo sua palavra ao criar esse programa”, afirmou.
Para o secretário de Trabalho, Emprego e Qualificação, Alberes Lopes, não restam dúvidas de que o programa irá gerar emprego e renda para os pernambucanos. “Além dos 80 mil empregos estimados, vamos conseguir criar ainda mais postos de trabalho, estimulando a cadeia produtiva”, explicou. Após dialogar com responsáveis por diversos arranjos produtivos no Estado, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Bruno Schwambach, viu a necessidade de assegurar microcrédito dos empreendedores. “Um eixo forte da Missão Desenvolvimento é entender a situação e transformar os pleitos em políticas públicas que fortaleçam essas cadeias”, disse.
Dona de uma lanchonete em Caruaru, Aline Chalegre, de 30 anos, foi uma das primeiras pessoas a se cadastrar, ainda durante o evento, para fazer parte do Crédito Popular. Para ela, o programa será um impulsionador para os pequenos empresários de todo o Estado investirem ainda mais nos seus negócios. “O movimento vem aumentando, então já estávamos pensando em ampliar a lanchonete. O Crédito Popular veio na hora certa, vamos conseguir realizar mais esse sonho e, possivelmente, aumentar a renda da família”, comemorou. Já Paula Dias, 45, também moradora de Caruaru, vende doces e salgados em frente à sua casa, mas sempre pensou em montar um espaço físico para comercializar os quitutes. “Agora, não tenho dúvida de que vou conseguir ter meu próprio negócio”, comemorou.
Por Wendell Galdino
Fotos: Heudes Regis/SEI