Conselheiros Tutelares de Pernambuco podem paralisar suas atividades por 24 horas.
As dificuldades administrativas e financeiras alegadas pelas prefeituras em todo o estado tem atingido em cheio os Conselhos Tutelares, principalmente no interior do estado. Com isso, os conselheiros estão indignados com a falta de estrutura da entidade. Para protestar contra os problemas, eles ameaçam paralisar as atividades por 24hs no próximo dia 04 de novembro.
Diante da falta de estrutura que a maior parte dos conselhos tutelares vem passando, após encontro a classe decidiu paralisar por 24 horas as suas atividades. A data marcada é o dia 04 de novembro, no intuito de chamar a atenção das autoridades e dos órgãos executores e fiscalizadores.
Neste mesmo dia, uma comissão de conselheiros tutelares irão se reunir com representantes da Gerência de Fortalecimentos dos Conselhos e da Procuradoria Geral do Ministério Público de Pernambuco, no intuito de encontrar saídas emergenciais para melhorias para a classe em todo o estado.
As cidades são diferentes, mas os transtornos parecidos. De acordo com os conselheiro de Vertentes, Diego de Vera, a falta de estrutura e de uma maior atenção por exemplo, impede a realização de atendimentos e diligências. A indisponibilidade de internet e de uma rede telefônica prejudica a comunicação da entidade e os conselheiros não têm como acessar o Sistema de Informação para a Infância e a Adolescência (Sipia).
O Conselheiro informou que a realidade de Vertentes não é diferente de outros municípios do estado e que já recorreram ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) na tentativa de resolver os problemas. No MPPE, vários conselheiros já protocolaram denúncias, mas que quase sempre não são atendidas. Pois os representantes do Executivo Municipal sempre falam que estão passando dificuldades financeiras, mas que dará uma atenção especial, mas quase não sai do papel.
Ou seja, os Ajustamentos de Conduta não são totalmente cumpridos pelas administrações municipais.
E para resolver os problemas, os conselheiros prometem recorrer a todas as organizações e instituições. “Em face das péssimas condições de trabalho, os conselheiros não descartam inclusive a possibilidade de recorrer à ONU (Organização das Nações Unidas) e ao procurador-chefe do Ministério Público de Pernambuco. Ainda podemos decretar estado de greve, caso nossas solicitações não sejam atendidas”, informa o Conselheiro Tutelar Diego de Vera.
Diego de Vera que também é o Presidente da Associação dos Conselheiros Tutelares do Agreste do Estado.
Por Wendell Galdino.