SOU ACADÊMICO DE DIREITO, MAS TAMBÉM DE FATO.
Muitos me questionaram sobre uma cena ocorrida na abertura do Festival do Jeans entre eu e a Vice-Prefeita Lucinha. Por achar irrelevante e desnecessário, preferi por um tempo me abster de tecer comentários sobre algo tão improdutivo. Pois bem, como em Toritama qualquer palavra ou gesto representa algo politicamente importante, mesmo não sendo. Achei por bem esclarecer alguns pontos à respeito disso. Primeiro, antes de tudo, gostaria de dizer que todos os meus artigos e opiniões, sejam nas redes sociais ou na rádio, ou até mesmo em conversas informais, nunca destratei ou tratei mal quem quer que seja. Nunca personifiquei ninguém, sempre pautei meus comentários sobre a atuação político-partidário-administrativo dos políticos de Toritama, nunca no âmbito pessoal, até porque, minha formação política me permite separar as coisas. Ser racional antes de apaixonado. As eleições passam e as pessoas continuam. Cito aqui uma frase do amigo Edílson Tavares: “Quero entrar e sair da política mantendo as amizades e sem construir inimigos”.
Na abertura do Festival do Jeans ao cumprimentar cordialmente a senhora Lucia Pereira (à quem sempre nos dirigimos com absoluto respeito), fomos questionados pela mesma. Gesticulando e aparentando certo desconforto com a situação, pegou de surpresas até aliados seus. Ela nos falou sobre Mentiras, dizendo que iria nos provar que ela não mentiu sobre a pesquisa. Achei completamente normal essa atitude (pois é sinal de que minhas opiniões possuem efeitos) não fosse a despedida com umas tapinhas e me chamando ironicamente de acadêmico. Pois bem, a política de Toritama está cada vez mais me ensinando a ter equilíbrio. Lamento que muitas pessoas não possuam equilíbrio, principalmente na política. A atitude da Vice-Prefeita causou espanto até mesmo em alguns partidários seus. Alguns concluíram que uma autoridade como ela é, não deveria ter essa descompostura. Outros indagaram o porquê de tanto nervosismo, já que a pesquisa lhe é favorável? O assunto foi comentado até pelo grupo do Prefeito que disseram que é um claro Sinal de Desespero. O assunto rendeu nas redes sociais, obrigando o grupo a publicar uma foto em que eu a cumprimento de forma sorridente, mas isso foi antes das palavras ditas por ela. Mas aí a cidade inteira já discutia que a Vice-Prefeita
desceu do salto com um inofensivo acadêmico. Comentários à parte, eu evitei proferir meu juízo de valor sobre a cena até hoje, já que a senhora resolveu falar sua versão numa entrevista em um meio de comunicação do seu grupo.
Eu a respondi que não caberia provar à minha pessoa. Que ela tem que provar ao povo de Toritama. Sobre ser acadêmico, quero dizer que muito me orgulha, pois sei da importância da educação na vida de um povo, que já sofre demais pelos malfeitos dos maus políticos. A educação transforma, abre portas, liberta. Provei que faço meu papel de acadêmico com maestria, sendo de fato e de direito. A ironia no tom de voz da Vice-Prefeita, ao me chamar de acadêmico, me deixou intrigado se aquilo era um elogio ou um deslouvor. O acadêmico pra quem não sabe é o estudante que corre atrás, pesquisa, analisa, fundamenta, questiona, especula, discute, cobra de si e dos outros. E o que tenho feito é justamente isso, conscientizar e mostrar que ainda é possível fazer uma política propositiva, sem golpes baixos. Nunca serei o dono da verdade, mas provei muita coisa sem endurecer o dedo na cara de ninguém, pois Numa época de mentiras universais, dizer a verdade se tornou um ato revolucionário. Antes de ser um acadêmico de Direito, eu sou um pai de família e um cidadão, consciente e persistente, que vislumbra uma cidade melhor, um futuro melhor para meus filhos e para a sociedade como um todo. E sei que é Fazendo Diferente de tudo que aí está, que iremos mudar essa situação.
FILIPE LUCENA
Acadêmico (com orgulho) de Direito e comentarista político