Líder da Oposição propõe articulação dos poderes para solucionar problemas na saúde do Estado

Após descrever problemas verificados por membros da Oposição em diferentes unidades de saúde do Estado, entre eles falta de leitos, de médicos e de insumos, o líder da bancada, deputado Sílvio Costa Filho (PTB), sugeriu, na Reunião Plenária desta terça-feira (18),a criação de um Pacto pela Saúde em Pernambuco. A proposta visa articular diferentes esferas de Poder do Estado na elaboração de um plano de ações que transforme positivamente o setor, projeto similar ao que foi feito nos últimos anos em relação à segurança pública de Pernambuco.
“A ideia é envolver as bancadas desta Casa, o Governo do Estado, os congressistas que representam Pernambuco, Justiça e Ministério Público para discutirmos a situação e, então, apresentarmos uma solução, assim como fizemos em 2007 com o Pacto pela Vida”, propôs o parlamentar, que apresentou dados recolhidos do Portal da Transparência para fazer críticas à gestão dos recursos pelo governo estadual.
“Nos primeiros seis meses de 2015, o Executivo estadual investiu R$80 milhões a menos em saúde do que no mesmo período do ano passado. Além disso, há cerca de R$ 150 milhões de restos a pagar referentes ao exercício de 2014 que ainda precisam ser cumpridos”, pontuou. Os deputados Dr. Valdi (PP), Priscila Krause (DEM), Teresa Leitão (PT), Júlio Cavalcanti (PTB), Joel da Harpa (PROS) e Eduíno Brito (PHS) fizeram apartes.
“Precisamos ver se os recursos constitucionalmente vinculados estão sendo aplicados na medida correta por todos os entes”, sugeriu Teresa Leitão. “As despesas em saúde aumentam e o Governo Federal não reajusta a tabela do SUS”, completou Dr. Valdi. “As diferenças partidárias precisam ficar a margem do processo e juntos, buscarmos alternativas. O que nos une nessa questão é a preocupação com a condição humana dos pernambucanos”, sintetizou Priscila Krause.
Já os deputados Lucas Ramos (PSB), Ângelo Ferreira (PHS), Tony Gel (PMDB) e Raquel Lyra (PSB) defenderam a responsabilização compartilhada de todos os entes que financiam o setor. “A saúde não é um problema restrito a Pernambuco, mas uma questão que afeta todo o Brasil”, afirmou Ferreira. “O governo do Estado não tem se furtado a debater a questão, mas é preciso cautela nas cobranças e exigir que cada um cumpra com sua responsabilidade”, completou Raquel Lyra.
O tema foi tratado, ainda, no Tempo de Lideranças pelo deputado Edilson Silva (PSOL) e pelo líder do Governo, deputado Waldemar Borges (PSB). “Esse pacto depende, principalmente, do desprendimento do Estado em nos mostrar onde e como estão sendo gastos os recursos”, afirmou Silva. “O Governo sempre esteve aberto para qualquer esforço que busque soluções para o Estado, mas a discussão tem que passar pelo debate do pacto federativo”, concluiu Borges.